No escuro vazio daquela sala negra do museu, peritos em Arte e Arqueologia discutiam o futuro de Palmyra.
Reconstruir? Respeitar as cicatrizes? O que fazer?
Palmyra está suspensa no tempo. Passado e futuro esmagados pelo presente destrutivo.
Quantas épocas já conheceu Palmyra?
Sinto ainda no corpo uma Palmyra que conheci antes da guerra: a memória da luz, do espaço, da geometria da cidade no deserto. Mas também em mim existe a tristeza da destruição de que de algum modo me sinto também responsável.
A exposição de artefactos que vi no Metropolitan Museum of Art trouxe-me os rostos antigos, mas de traço moderno, daqueles que um dia a habitaram.
Palmyra sempre viveu na encruzilhada de grandes civilizações e de grandes conflitos que de algum modo determinaram o seu presente.
Em cada artefacto “arrebanhado” e exposto agora neste museu, talvez se esconda uma história pouco ética, mas que me proporcionou a sorte de ver uma faceta diferente de Palmyra.
Minnie Freudenthal
Agosto, 2019
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